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Che Guevara: A Verdade por trás do mito

Ernesto “Che” Guevara é frequentemente celebrado como um símbolo revolucionário, um ícone de resistência e mudança. Sua imagem estampa camisetas e pôsteres ao redor do mundo, desvinculada das realidades mais duras e complexas de sua atuação política. Além disso, muitos filmes deturpam sua história, o apresentando como um herói com sentimentos nobres.

Nascido em 1928 em Buenos Aires, Argentina, Che Guevara emergiu como uma figura chave na Revolução Cubana, alçado ao status de herói para comunistas e desinformados. Este artigo se propõe a explorar o lado sombrio de Che Guevara, destacando aspectos de suas ações e ideologias que são frequentemente escondidos, proposital ou não, pela sua mitificação.

Ao desvelar as facetas mais sombrias de sua jornada — desde a imposição de um regime totalitário cubano até as decisões que levaram à perda de inúmeras vidas — buscamos proporcionar uma visão diferente. Através de um exame detalhado baseado em fontes históricas confiáveis, de seus atos e das repercussões destes, pretendemos apresentar uma narrativa que questiona a imagem idealizada de Guevara, confrontando o mito com a realidade de suas escolhas e ações.

Ascensão e Ideologia de Che Guevara

Ernesto “Che” Guevara, nascido em Buenos Aires em 1928, emergiu de uma família de condição estável e começou sua trajetória como um jovem médico. Durante suas viagens pela América Latina, ele presenciou a pobreza e as disparidades sociais que marcaram sua visão política.

A experiência na Guatemala, onde o regime de Jacobo Arbenz foi derrubado por uma intervenção apoiada pelos Estados Unidos, foi um ponto de inflexão, aguçando seu ressentimento contra o capitalismo e a influência americana.

O endurecimento de suas convicções é evidenciado em sua correspondência de 1957, onde expressa uma clara preferência pela ordem comunista atrás da “cortina de ferro”.

Pertenço, pela minha formação ideológica, àqueles que acreditam que a solução dos problemas desse mundo se encontra por detrás da chamada cortina de ferro”, escreve ele a um amigo nesse ano.

Carta a René Ramos Latour, citada por Jeannine Verdès-Leroux.

A radicalização de Guevara culminou em seu encontro decisivo com Fidel Castro no México, em 1955, levando-o a se juntar à luta armada em Cuba.

Execução de um jovem por Che Guevara

Che Guevara Executou um Jovem Guerrilheiro

Como comandante das forças revolucionárias, Che não tardou a demonstrar uma implacabilidade brutal. A execução sumária de um jovem guerrilheiro por furto de comida é um reflexo direto de sua adoção de um autoritarismo sem concessões.

Sua atuação após Revolução Cubana

Este comportamento se agravou ao longo de sua participação na Revolução Cubana, onde confrontos com figuras democráticas dentro do próprio movimento revolucionário ilustraram sua crescente intolerância à divergência.

Procurador da Prisão de La Cabaña

Após o triunfo da Revolução Cubana (1959), Che Guevara foi nomeado procurador da prisão de La Cabaña.

Procurador da Prisão de La Cabaña

Neste cargo, ele tinha a autoridade para decidir sobre recursos de última instância. Durante como procurador de La Cabaña, Che supervisionou e endossou a execução de numerosos indivíduos, muitos dos quais eram antigos camaradas de armas que haviam se mantido fiéis aos princípios democráticos.

Ministério da Indústria e Direção do Banco Central

Nomeado ministro da Indústria e diretor do Banco Central, Che Guevara utilizou essas posições para aplicar sua doutrina política, impondo a Cuba o “modelo soviético”.

Apesar de viver nos bairros seletos de Havana, seu desprezo pelo dinheiro e a falta de conhecimento das noções básicas de economia levaram à ruína do Banco Central. Guevara se mostrou mais à vontade ao instituir os “domingos de trabalho voluntários”, refletindo sua admiração pela URSS e pela China, e saudando a Revolução Cultural.

Campos de Trabalho Forçado

Régis Debray nota que foi Che Guevara, e não Fidel Castro, quem inventou, em 1960 na península de Guanaha, o primeiro “campo de trabalho corretivo”.

Foi ele, e não Fidel, que inventou, em 1960, na península de Guanaha, o primeiro ‘campo de trabalho corretivo’ (nós diríamos de trabalhos forçados)…

Regis Debray, “Loués soient nos seigneurs” (Gallimard, 1996, p. 185).

Como demonstramos em Nazismo e Comunismo: O Processo de Destruição Física, os campos de concentração são uma parte integrante dos regimes totalitários.

Dogmatismo e Autoritarismo de Che Guevara

Em seu testamento, Che Guevara exalta

“o ódio eficaz que faz do homem uma eficaz, violenta, seletiva e fria máquina de matar”

(Régis Debray, “Loués soient nos seigneurs”, Gallimard, 1996, p. 186).

Ele afirma, “Não posso ser amigo de uma pessoa que não partilhe as minhas ideias”, evidenciando uma abordagem sectária e dogmática.

Nomeando seu filho de Vladimir, em homenagem a Lenin, Che revela sua profunda adesão ao ideário comunista, muitas vezes à custa da humanidade e tolerância.”

Como toda a mentalidade comunista é carregada do sectarismo gnóstico.

Conclusão

Este artigo examinou o lado sombrio de Che Guevara, desmistificando a figura frequentemente romantizada pela cultura popular e pela propaganda.

A realidade de suas ações e políticas, desde a imposição de um regime totalitário em Cuba até a prática de execuções sumárias e a instauração de campos de trabalho forçado, revela uma figura longe do romantismo revolucionário que se criou sobre ele.

Che Guevara contribuiu decisivamente para a morte de milhares de pessoas, supressão liberdades individuais e eliminação dos resquícios de liberdade econômica sob o manto da revolução.

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